Na cheia 

Em 2010, as
enchentes em
Alagoas e Pernambuco
deixaram 30 municípios
em situação
de emergência.

As chuvas causaram 47 mortes e deixaram mais de 80 mil desabrigados nos dois estados. A desolação diante da destruição causada pela enchente dos rios em Alagoas e Pernambuco salta aos olhos dos moradores das cidades castigadas pela força da água. O nível dos rios subiu seis metros. A água invadiu ruas e milhares de famílias perderam tudo.

Só em Alagoas, mais de 11.400 casas vieram abaixo. Nas cidades de União dos Palmares e Branquinha, o cenário era de terra arrasada. O nível do rio subiu pelo menos cinco metros e devastou tudo o que havia nas margens. A lama cobriu ruas e o asfalto se soltou em placas. Árvores e postes foram arrancados do chão. Bombeiros compararam o estrago aos efeitos de um tsunami.

Em Pernambuco, a correnteza do rio derrubou duas pontes e interditou a BR-101. Em Palmares, moradores enfrentaram lama e um cheiro de carniça em meio aos destroços. O centro do município estava em ruínas. Até as paredes da igreja desmoronaram. Carros avariados pela chuva foram abandonados. Pilhas de restos de móveis, roupas e sapatos entulhavam as calçadas.